quinta-feira, 29 de setembro de 2011

IFRS: Uma mudança na cultura Contábil Mundial

Implantadas pelo International Accounting Standards Committee (IASC), no início da primeira década do Século 21, como possível solução para a padronização da contabilidade no mundo globalizado, as IFRS (International Financial Reporting Standards) estão muito distantes da unanimidade. Quem pensa que o IASC tem poucos anos de atuação no mercado, está completamente enganado. Ele foi criado em 1973 por órgãos contábeis de dez países – Alemanha, Austrália, Canadá, Estados Unidos, França, Holanda, Irlanda, Japão, México e Reino Unido – com o objetivo de ter, de forma independente, um novo padrão contábil internacional.

Cada dia, as IFRS vão se ajustando ao mercado. Atualmente, já temos oito atualizações, que passam pelo processo inicial de adoção das Normas Internacionais de Contabilidade, Pagamentos Baseados em ações, combinações de empresas, contratos de seguros, ativos não circulantes mantidos para venda e operações descontinuadas, exploração e avaliação de recursos minerais, instrumentos financeiros e, por último, segmentos operacionais.

Distintos indicadores, estudos e especialistas atestam essa realidade. É o caso de Andrea Cilloni, professor da Universidade de Parma/Itália, convidado para proferir palestra sobre o tema na Trevisan Escola de Negócios, onde afirmou que as novas normas internacionais de contabilidade são adotadas por apenas 20% das empresas européias. Motivo: sua relação custo-benefício não é boa para as pequenas e médias empresas as quais entendem como um "custo desnecessário".

De fato, o padrão internacional deve ser aplicado apenas se o objetivo for reduzir o custo de capital para o investidor, o que se aplica em geral às grandes empresas de capital aberto. O que tem acontecido é uma adaptação das normas internacionais para os princípios locais, e não uma adoção pura e simples.

Toda essa questão também está permeada por fortes influências políticas, que afetam a sua aplicação, em detrimento de conceitos estritamente técnicos. Tudo está relacionado à disputa de poder entre Europa e Estados Unidos, muito mais do que exatamente a um padrão de excelência técnica dos princípios contábeis.

Essa falta de unanimidade global, reforçada pelo fato de norte-americanos e japoneses não terem adotado as normas, parece manifestar-se também no Brasil, onde o padrão internacional de contabilidade ainda não atingiu o propósito de facilitar a comparação entre empresas de diferentes nacionalidades.

O estudo, apresentado pelo Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri) e realizado com grandes empresas com ações na Bolsa de Valores, mostra que somente 24% dos profissionais de relações com investidores acreditam que as demonstrações financeiras ficaram mais facilmente comparáveis entre os países, competidores e indústrias a partir da adoção das IFRS. Sessenta opor cento não têm opinião sobre o assunto e 16% não acreditam que a comparação ficou mais fácil. Cerca de 40% das empresas responderam que ainda é cedo para avaliar se a adoção das normas melhorou o acesso a linhas de crédito internacional, aumentou a geração de negócios ou reduziu o custo de capital. Contudo, 58% dos profissionais entrevistados enfatizaram a ampliação da transparência nas demonstrações financeiras como fator positivo percebido pelo mercado.

Como se percebe, o tema ainda é bastante controverso. Está muito claro que ainda haverá de se percorrer um longo caminho para a padronização de normas mundiais da contabilidade. Até lá, faça sempre a conta certa, tendo como premissas a consciência de que a boa contabilidade e a atualização de seus profissionais são o grande alicerce de empresas saudáveis e o parâmetro ético para a gestão das organizações públicas e privadas.

Autor: Adão de Matos Junior é diretor de operações da Trevisan Outsourcing – filial Minas Gerais

Comentários:

As IFRS são de fato um processo de mudança quem vem caminhando aqui no Brasil a passos razoavelmente rápidos.

Com certeza, essas mudanças não fáceis de ser implantadas, uma vez que exige uma grande mudança de cultura organizacional no que diz respeito a essa nova forma de fazer Contabilidade.

Contundo, acredito que seja questão de tempo para que todas as organizações brasileiras, sejam elas de grande ou pequeno porte, estejam aderindo a essas novas práticas contábeis, tendo em vista o grande esforço na busca por essa adoção, dos Conselhos Federais e Regionais de Contabilidade, Comissão de Valores Mobiliários, Comitê de Pronunciamentos Contábeis e os demais órgãos ligados a classe contábil brasileira.

Geneflides Torres Coelho

Administrador do Portal Ciências Contábeis Acadêmica

Mensagem Dia do Contador - Comunicação CFC

Neste Dia do Contador - 22 de setembro -, o Conselho Federal (CFC) e os 27 Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs) se orgulham de possuir registros ativos de quase 300 mil contadores no País. Uma das maiores categorias profissionais brasileiras, há hoje 161.075 homens e 129.647 mulheres que abraçaram esta profissão de crescente prestígio no Brasil e no mundo.

Ao lado dos técnicos em contabilidade, os contadores somam atualmente quase meio milhão de contabilistas (489.794), designação que engloba os profissionais de nível técnico e os de nível superior.

Recordando aspectos históricos, a data comemorativa ao Dia do Contador faz alusão à assinatura do Decreto-Lei nº 7.988, de 22 de setembro de 1945, que instituiu o ensino de Contabilidade em nível superior no território nacional. Poucos meses depois da criação do curso de Bacharel em Ciências Contábeis, foi publicado o Decreto-Lei nº 9.295, em 27 de maio de 1946, criando o Conselho Federal de Contabilidade e definindo as atribuições do Contador e do Guarda-livros - profissional que posteriormente passou a ser designado Técnico em Contabilidade.

Decorridos 65 anos da regulamentação da profissão, os contadores hoje atuam em mercado de trabalho bastante sofisticado, com atribuições cada vez mais complexas, exigindo domínio de conteúdos multidisciplinares e a incorporação de conhecimentos há alguns anos inexistentes na realidade da profissão, como o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), o Extensible Business Reporting Language (XBRL), o International Financial Reporting Standards (IFRS) e outros.

Além desses motivos a comemorar, o Brasil mereceu, recentemente, o reconhecimento dos normatizadores da área contábil da América Latina e do Caribe, que incumbiram o CFC de presidir o Grupo Latinoamericano de Emisores de Normas de Información Financiera (Glenif), entidade criada oficialmente um junho deste ano.

Os contadores brasileiros, que no seu dia-a-dia tanto se dedicam a prestar relevantes serviços profissionais, contribuindo, decisivamente, para o crescimento sócio-econômico do País, para a crescente valorização da profissão contábil e para o prestígio político da Classe, são credores de muitos méritos a serem comemorados.

Parabéns, Contadores brasileiros!

Juarez Domingues Carneiro

Presidente do CFC

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

“A importância do Demonstrativo de Fluxo de Caixa para saúde Financeira das Empresas”.

Em um contexto econômico globalizado e cada vez mais exigente por parte dos consumidores finais, onde a concorrência de mercado é bastante acirrada, as empresas devem ter um cuidado constante no que diz respeito a maneira mais eficiente de gerir seus recursos financeiros, não sendo permitidos improvisos ou previsões superficiais sobre o que fazer com os mesmos.
Uma boa gestão dos recursos financeiros leva a empresa a reduzir consideravelmente a necessidade de adquirir recursos de terceiros, bem como proporciona maiores lucros através da redução de despesas desnecessárias.
O instrumento mais adequado para esse tipo de gestão é o Demonstrativo de Fluxo de Caixa, pois ele é o responsável pelos controles das entradas e saídas de numerários, objetivando a otimização do monitoramento da evolução do equilíbrio ou desequilíbrio desses fluxos em determinado período, proporcionando aos administradores financeiros informações que os levem a tomar as melhores decisões que possibilitem assegurar a disponibilidade de recursos para o pleno atendimento das reais necessidades financeiras da empresa em seu dia a dia.
O controle dos dados de fluxo de caixa tem com base, as informações diárias registradas em documentos internos provenientes do setor financeiro e abrangem as seguintes movimentações: Financeira; Pessoal; Controle de maquinas, veículos e equipamentos de uso permanente; Estoques, insumos e demais materiais usados na produção (no caso de indústrias) e etc.  
É importante salientar que a elaboração dos fluxos de caixa deve ser feita em parceria com os demais departamentos estratégicos da empresa, tais como os setores de: vendas, produção, custos e pessoal. Todos esses departamentos são de extrema importância no sentido de serem colaboradores para que os recursos que a empresa dispõe sejam utilizados de forma a evitar custos e despesas excessivas, bem como buscar as maiores receitas para as suas atividades. Portanto, a comunicação entre esses departamentos deve ser constante, tendo em vista um bom gerenciamento dessas disponibilidades.
Um fator relevante para o estudo dos Fluxos de Caixa, diz respeito ao Custo de Capital que nada mais é do que o custo dos recursos financeiros próprios e/ou de terceiro utilizados pela empresa em seu ciclo operacional ou empreendimento. Todo investimento ou uso de capital merece uma criteriosa análise de viabilidade, buscando avaliar as diversas alternativas existentes perante o Custo de Capital. Essa análise de viabilidade é feita através de instrumentos financeiros de análise que observaram se é vantajoso ou não para a empresa utilizar capitais de terceiros. Será vantajoso para a empresa a utilização desses capitais se seu custo se apresentar inferior a taxa de retorno prevista. Portanto, o administrador financeiro deve ficar atento também a esse tipo de análise.     
Somente um Fluxo de Caixa bem otimizado poderá dimensionar com segurança o capital de giro e proporcionar as empresas uma boa saúde financeira, tendo em vista sua permanência no mercado, satisfazendo clientes, fornecedores, colaboradores e os demais agentes envolvidos no processo organizacional.
Autor: Geneflides Torres Coelho
Cursando: 8º período do Curso de Bacharel em Ciências Contábeis - UVA
Cursando: MBA em Auditoria e Controladoria - FAMETRO  

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Os contabilistas e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional


A busca entre equilíbrio pessoal e profissional é um dos maiores desafios individuais. Qualquer pessoa, em qualquer profissão está sujeita a perder o equilíbrio entre vida pessoal e profissional em alguma fase da sua vida.

Para um grupo de profissionais, os contabilistas, esse equilíbrio tem se tornado um desafio ainda maior, quando se pensa na enorme carga de novas responsabilidades e exigências que esses profissionais acumularam nos últimos anos face às mudanças contábeis e fiscais para as empresas em que atuam.

Diante disso, é possível para o contabilista equilibrar adequadamente a vida profissional e pessoal? Sim é possível, mas nem sempre é uma tarefa fácil. Primeiramente, o profissional pode começar por estabelecer limites na sua rotina de trabalho e assumir responsabilidades que possam encaixar-se com sobra de tempo dentro dela. É claro que em alguns momentos será necessário que o profissional aumente a carga de trabalho em horas de dedicação extra, mas isso deve se restringir a momentos de picos de trabalho e não transformar definitivamente a sua rotina de trabalho.

Grande parte do trabalho que é executado em extenuantes horas extraordinárias ocorre porque não houve uma programação de execução de tarefas que priorize aquelas mais importantes e complexas para o início da rotina, onde normalmente o profissional tem melhor desempenho. Interrupções frequentes na jornada de trabalho para atendimento de telefonemas frequentes, reuniões desnecessárias, respostas de e-mails e intermináveis conversas em programas de comunicação instantânea tem um papel decisivo para determinar quantas horas extraordinárias serão necessárias ao profissional para atender a sua Demanda de serviço. Assim, será prudente que o contabilista saiba limitar essas interrupções ao longo do dia.

Outro fator influenciador na rotina do profissional contábil é a necessidade frequente de atualização e acompanhamento das mudanças da legislação. Nesse respeito, muitos profissionais comentem o erro de não focar sua especialização em um, dois ou no máximo três áreas relevantes e assim diminuir em muito a necessidade de tantas atualizações. Buscar qualificação em todos os assuntos que a profissão contábil está relacionada gerará frustração pela impossibilidade de acompanhamento e incapacidade de ser referencia em alguns temas importantes ao profissional contábil da atualidade. Ainda que possamos ter uma visão generalista dos diversos temas correlacionados com a contabilidade, um contabilista não tem a obrigação de dominar todos eles.

Mas é possível equilibrar a vida profissional e pessoal? É possível ser bem sucedido em ambas? Por anos tenho confrontado as pessoas nas palestras que ministro com essas perguntas. O feedback recebido mostra que não raro, os profissionais tem enfrentado dificuldades nisso. Para os que estão plenamente focados na busca do sucesso profissional enfatizo que ele não compensa o fracasso pessoal. Lembro-me de uma cena com um cliente que passava por sérios problemas financeiros e que sempre se dedicou prioritariamente à empresa da família. Nesse momento difícil de sua vida profissional ele decidiu viajar com a família e ao chamar um dos filhos ouviu: “Pai, você me deixou de lado a vida inteira e agora que a empresa está quebrando você quer viajemos juntos? Agora é tarde”. As empresas, clientes, Serviços que executamos e os problemas que temos a resolver sempre passarão, mas junto com isso passarão o tempo e momentos pessoais e familiares, portanto pense antes de perder esses momentos insubstituíveis que nunca mais se repetirão.

Autor: Anderson Hernandes

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE FINANCEIRA DE BALANÇOS

Tanto a prática como a literatura tem revelado que a análise financeira e de balanços é uma das tarefas mais difíceis e complexas entre as inúmeras que os contadores possuem na missão de contribuir para o desenvolvimento das empresas.
Ora, talvez se pudesse questionar: a análise financeira e de balanços não se constitui numa mera apuração de índices cujas formas já se encontram montadas ou formalizadas? Onde reside, então, a complexidade e a dificuldade?
A resposta é extremamente simples. Apurar ou calcular índices é uma tarefa bastante simplista, tendo em vista que as fórmulas já se encontram padronizadas. O que se precisa é meramente um conhecimento de matemática básica ou financeira e saber classificar e extrair as contas das demonstrações a fim de se aplicá-las às fórmulas, atividades estas estudadas em qualquer curso técnico ou superior de Contabilidade. O grande desafio do problema em questão é justamente a análise ou interpretação destes cálculos ou dos índices extraídos. Calcular é muito simples, mas não é uma atividade que se encerra em si. Indispensável é reforçar a necessidade de bem interpretar os dados e informações.
Partindo-se da hipótese de que parte do elenco de informações que as empresas utilizam para tomar decisões está nas demonstrações contábeis, especialmente no suplemento de análise destas demonstrações, há que se afirmar que a importância em se proceder a análise financeira e de balanços é de um grau de relevância extremamente alto.
Portanto, ainda sobre a questão de importância da análise e talvez com um desejo de eliminar as idéias de dificuldades e complexidades anteriormente discutidas fica um alerta:
É mais interessante e válido utilizar-se de uma quantidade limitada e direcionada de índices e quocientes apurados período a período e compará-los com os padrões do mercado atual e concorrente para expressar quais são os reais problemas merecedores de especial atenção, do que apurar dezenas de indicadores sem qualquer inter-relação e sem bases comparativas com significados absolutos e teóricos.
Enfim, é possível sintetizar ainda uma série de razões para realçar quão importante é esta análise para as empresas:
• Se bem manuseada, pode se constituir num excelente e poderoso "painel de controle" da administração;
• Se não for feita a partir de uma contabilidade "manipuladora" ou "normatizante", pode trazer resultados bastante precisos;
• É uma poderosa ferramenta à disposição das pessoas que se relacionam ou pretendem relacionar-se com a empresa, ou seja, os usuários da informação contábil ou financeira, sejam eles internos ou externos;
• Permite diagnosticar o empreendimento, revelando os pontos críticos e permitindo apresentar um esboço das prioridades para a solução dos problemas;
• Permite uma visão estratégica dos planos da empresa, bem como estima o seu futuro, suas limitações e suas potencialidades.

Reinaldo Luiz Lunelli é Contabilista e autor da obra Análise das Demonstrações Financeiras

terça-feira, 26 de abril de 2011

PARABÉNS, CONTABILISTA!

O seu dia é especial, porque você é especial!

Pois você contribui de várias maneiras à vida econômica e social do país:

- pelo seu admirável empenho em várias frentes de trabalho;

- pela sua participação imprescindível na obtenção de recursos para os Conselhos Tutelares da Criança e ao Adolescente, mediante dedução do IR;

- pela sua força moral, ao apoiar movimentos contra o aumento de tributos, como a MP 232 e a extinção da CPMF;

- pela sua capacidade e inteligência, facilitando o caminho das organizações;

- pela sua busca contínua de informações vitais ao equilíbrio das empresas e instituições;

- pelo seu trabalho na composição de dados para fundamentar as grandes decisões dos dirigentes;

- pelo seu papel insubstituível na nova fase de transparência das administrações públicas, como pede a Lei de Responsabilidade Fiscal;

- pela sua integridade moral e disposição de lutar contra a fraude e a corrupção;

- pelo seu amor ao Brasil;

- pela sua capacidade de renovação e adaptação aos novos tempos, assimilando conceitos e técnicas, entendendo a importância da educação e atualização permanentes;

- pela sua coragem de mudar e vontade de continuar crescendo!

Parabéns pela sua participação na construção de um mundo melhor!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

25 de abril: Dia do Contabilista. Saiba como surgiu essa data

"Trabalhemos, pois, bem unidos, tão convencidos de nosso triunfo, que desde já consideramos 25 de abril o Dia do Contabilista Brasileiro".

Com esta frase, dita no meio de um discurso de agradecimento a uma homenagem que recebia da Classe Contábil, o Senador e Patrono dos Contabilistas, João Lyra, instituiu o Dia do Contabilista, prontamente adotado pela classe contábil e, atualmente, oficializado em grande número de municípios. Era o ano de 1926.

Em dezembro do ano anterior, João Lyra havia sido eleito Presidente do Conselho Perpétuo dos Contabilistas Brasileiros e, em toda a sua vida parlamentar, propôs e fez aprovar várias leis em benefício da profissão contábil.

Em seu discurso de agradecimento, Lyra homenageou outro grande contabilista, Carlos de Carvalho: "Quando, em 1916, justifiquei, no Senado Federal, a conveniência de se regularizar o exercício de nossa profissão, acentuada a merecida e geral confiança que adviria do abono da classe, por seus mais circunspectos representantes, à capacidade moral e técnica dos contadores, foi o grande e saudoso mestre paulista uma autoridade sem equivalente no Brasil, como bem disse o sr. Amadeu Amaral, quem me endereçou os primeiros e os mais desvanecedores protestos de apoio e de solidariedade".

O Dia do Contabilista foi oficialmente instituído pela Lei Estadual nº 1989, em 23 de maio de 1979.

Conheça um pouco sobre o criador do Dia do Contabilista e patrono da Classe Contábil

O criador do Dia do Contabilista, João de Lyra Tavares, nasceu em 23 de novembro de 1871, na cidade de Goiana/PE, e faleceu em 30 de dezembro de 1930.

Foi guarda-livros, chefe de escritório e da firma em que trabalhava. Como comerciante, teve uma atuação destacada em Pernambuco. Fundou em seu Estado, uma Associação de Guarda-Livros e foi membro da Associação Comercial do Recife.

Atuou na política, foi historiador e economista, autor de obras didáticas e estudioso de geografia. Em 1914, a convite do então ministro Rivadávia Corrêa, esteve, pela primeira vez, na cidade do Rio de Janeiro, na época capital da República, onde tomou parte da Comissão escolhida para estudar a reorganização da Contabilidade do Tesouro Nacional.

No ano seguinte, João de Lyra Tavares foi eleito Senador pelo Rio Grande do Norte, cargo que ocupou até o fim de sua vida. No Senado, foi membro eminente da Comissão de Finanças e sempre ressaltou os benefícios que a sociedade brasileira teria com o reconhecimento de uma classe de contadores públicos.

Em 1926, no almoço feito em sua homenagem pelas Entidades Contábeis Paulistas, João de Lyra Tavares foi aclamado Presidente do Supremo Conselho da Classe dos Contabilistas Brasileiros. Na ocasião, fez um discurso defendendo a criação do Registro Geral dos Contabilistas Brasileiros, marco decisivo para o processo de organização dos Contabilistas em bases profissionais, que culminou com a criação do sistema CFC/CRC's, ocorrida 20 anos depois.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Auditores buscam melhorar imagem

Contabilidade: Ibracon, que representa profissão, lançará nova marca, revista trimestral e prêmio para imprensa e academia.

O Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) anuncia hoje iniciativas para tentar melhorar a imagem da profissão, o alvo preferencial das críticas toda vez que algum escândalo contábil vem a público.

Além de uma medida cosmética - uma nova marca para o instituto -, o Ibracon vai lançar uma revista trimestral e um prêmio anual para a imprensa e a academia. "Queremos ter uma comunicação mais periódica com esses públicos", disse Ana María Elorrieta, presidente do instituto.

Uma pesquisa foi feita para se estabelecer esse "plano de imagem", mas Ana María não deu detalhes sobre os resultados. Ela também ressalta que a mudança não tem relação com a fraude do banco PanAmericano, que levou seu auditor, a Deloitte, às manchetes dos jornais.

"Essas ações começaram há alguns anos, quando passou a ser montada uma nova estrutura no Ibracon", afirmou. "Queremos nos comunicar melhor."

A ideia, evidentemente, não é nova. Outros tentaram antes, mas persiste a percepção generalizada de que o auditor é uma espécie de polícia dos balanços. A cada fraude, a pergunta é a mesma: "Onde estavam os auditores?" Certamente checando se as informações fornecidas pela empresa estavam de acordo com as normas contábeis vigentes, o que, de fato, são pagos para fazer.

Uma década rica em falcatruas nacionais e internacionais, desde os bancos Nacional e Econômico, passando por Enron e Parmalat, até Lehman Brothers, fizeram com que os auditores ficassem mais atentos para manipulação dos números - as normas da profissão ficaram mais rígidas -, mesmo porque o que está em jogo no fim das contas é seu emprego e a sobrevivência da sua firma. É provável que a imagem de sabe-tudo tenha sido criada pelos próprios auditores, quando vestem a roupa de consultor para tentar vender seus planejamentos tributários, implantar sistemas de gestão e outros serviços que nada têm a ver com a checagem dos balanços.

Nesse sentido, Ana María admite que um dos objetivos do plano de comunicação é tentar reduzir o vão entre a expectativa do público e o serviço realmente prestado pelos auditores.

Ainda assim, ela garantiu que o Ibracon, fundado em dezembro de 1971, não está passando pela crise dos 40. Mas uma crise de identidade não seria novidade.

O Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Iaib) surgiu para representar os auditores - e especialmente diferenciá-los do "baixo clero" da profissão, representado pela grande massa de contadores que executa trabalhos mais mundanos. Dez anos mais tarde, mudou de nome para Instituto Brasileiro dos Contadores (Ibracon) exatamente para apagar a imagem elitista e atrair novos associados. Mais dez anos, em 2001, o nome - e o objetivo - voltou ao original, mas manteve-se a sigla "popular", o que pareceu uma tentativa de agradar dois mundos que pouco têm de comum além de um diploma. (Colaborou Fernando Torres)

Fonte: Valor Econômico

terça-feira, 12 de abril de 2011

COMO ELABORAR UM ORÇAMENTO EMPRESARIAL?

A maioria dos orçamentos preocupa-se em antever as receitas e despesas da entidade. Quando escreve-se despesas, leia-se todos os custos e despesas.

Qualquer orçamento, salvo os orçamentos iniciais de uma entidade (quando meras projeções de um negócio ou atividade futura) baseia-se em dados históricos, fatos ocorridos no passado que permitem um mínimo de previsibilidade.

Como a contabilidade é o registro histórico das operações econômicas e financeiras, obviamente que é o principal elemento na formação de premissas orçamentárias.

PREVISÃO DE VENDAS

Para previsão de vendas, se utilizará a contabilidade como indicativo:

1. Qual o nível histórico de vendas (valores nominais, em R$)?

2. Qual a sazonalidade do negócio?

3. Qual a representatividade dos novos negócios (ou produtos) já concretizados?

4. Etc.

PREVISÃO DE COMPRAS

Uma vez definido o nível de vendas orçado, estima-se o nível de compras necessário para a tal volume de negócios.

NÍVEL DE COMPRAS

Assim como as vendas, as compras sofrerão influências, tais como:

1. Nível de preços decorrentes dos ajustes de tabela dos fornecedores.

2. Variação de volume, em função de variação de volume de vendas físicas (unidades).

3. Variação de volume, em função de maior/menor estocagem.

Comecemos pelo ajustes de preços de compras.

VARIAÇÃO DE PREÇOS NAS COMPRAS

A inflação interna da empresa é diferente da inflação oficial (medida por índices como o IGP-M da Fundação Getúlio Vargas, INPC do IBGE, etc.).

Alguns preços podem ser indexados ao câmbio (dólar, euro), pois correspondem a produtos importados ou cotados em bolsa de mercadorias internacionais (como soja).

Outros preços são decorrentes de contratos com fornecedores, onde fixa-se periodicamente o reajuste de acordo com a inflação ou outro indicador.

Então, para se ter uma previsibilidade mínima do valor de compra dos estoques, temos que estimar a “inflação dos produtos” da empresa.

VARIAÇÃO DE VOLUME

O próximo passo é ajustar o volume (físico) de compras ao volume (físico) de vendas projetadas.

Deve-se levar em conta, neste cálculo, o lançamento de novos produtos. A engenharia de produção pode estimar, com base na planilha técnica dos produtos a serem lançados, quais as unidades de compras adicionais necessárias.

CUSTO DOS PRODUTOS E MERCADORIAS VENDIDAS

Uma vez determinado o volume de compras, por dedução, se apurará o custo dos produtos e mercadorias vendidas.

A fórmula de apuração do CPV ou CMV é:

CPV ou CMV = Ei + C – Ef

Onde:

CPV = Custo dos Produtos Vendidos

CMV = Custo das Mercadorias Vendidas

Ei = Estoques Iniciais

C = Custo das Compras

Ef = Estoques Finais

Nota: nesta terminologia, CPV relaciona-se aos produtos fabricados (atividade industrial), e CMV ás mercadorias adquiridas para revenda (atividade comercial).

CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS

Na orçamentação de custos e despesas operacionais, a contabilidade terá relevância, pois apresentará os valores históricos, relacionando o nível de operações com os correspondentes desembolsos, tais como: tributos sobre vendas, folha de pagamento, despesas gerais de produção, despesas administrativas e de vendas, despesas financeiras, etc.

A contabilidade, como fornecedora de informações regulares e acumuladas sobre desembolsos relativos a custos e despesas operacionais, será uma grande fonte histórica de dados para a projeção orçamentária de tais despesas.

Com base no valor acumulado anual de tais desembolsos, pode-se prever a dinâmica futura de tais gastos, incluindo:

1. Os efeitos da variação de preços sobre produtos e serviços consumidos na atividade operacional.

2. As eventuais variações físicas/quantitativas do consumo, relacionadas á expansão ou redução de negócios.

3. Subsídios para despesas novas que serão exigidas em função de novos produtos ou serviços a serem lançados.

VARIAÇÃO DE PREÇOS

A tendência é que os preços, em mercado livre, tenham convergência para os principais índices de inflação. Assim, um orçamento com base histórica na contabilidade precisará estimar tais índices e aplicá-los sobre os valores nominais incorridos no exercício anterior.

VARIAÇÕES FÍSICAS / QUANTITATIVAS

A abertura de uma filial, a expansão (ou redução) de negócios e linhas de produtos, a introdução de serviços ou modernização de atividades irão exigir que as projeções orçamentárias incluam tais aspectos em sua base.

Novamente, a contabilidade tem muito a contribuir com o gestor. Como exemplo, a abertura de uma filial de vendas.

Se a contabilidade é departamentalizada (registrando os centros de custos), poderá fornecer bases para se estimar os custos de uma nova filial, com base numa filial já instalada e operacional.

DESPESAS NOVAS

Não somente a expansão dos negócios exigirá despesas novas.

Boa parte dos novos custos e despesas empresariais relacionam-se com obrigatoriedade de atendimento de legislação, reestruturação operacional, modernização ou outros itens que não implicam, necessariamente, em novos negócios (receitas).

Como exemplo, uma empresa que estará sujeita á regulamentação especial relativa á Vigilância Sanitária.

Se, no ano anterior, deixou de implementar os gastos necessários á adequação da legislação, precisa prever tais desembolsos no orçamento corrente.

As bases contábeis, neste caso, poderão ser insuficientes para uma correta projeção.

Entretanto, o gestor poderá utilizar-se da contabilidade para determinar quais despesas similares já estão presentes, e como se correlacionarão com as despesas novas.

RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS

A grande dificuldade dos gestores de empresas é prever, com antecedência, quais os custos financeiros que serão incorridos nas atividades.

Novamente, a contabilidade tem uma contribuição específica para tais projeções.

Para um cálculo mais exato do montante total de despesas financeiras (ou, contrariamente, se houver disponibilidades momentâneas de caixa, as respectivas receitas), deve-se projetar o fluxo de caixa, visando identificar necessidades de financiamentos e empréstimos de capital de giro e investimentos fixos (imobilizado).

A tais valores, acrescenta-se o resultado dos encargos já contratados.

Júlio César Zanluca

AUDITORIA INTERNA E SUA IMPORTÂNCIA PARA AS ORGANIZAÇÕES

É objetivo da auditoria interna não só observar como os controles internos funcionam, mas especialmente a qualidade dos registros e seguranças destes.

Auditoria interna é uma atividade destinada a observar, indagar, questionar etc. Trata-se de um controle administrativo, cuja função é avaliar a eficiência e eficácia de outros controles.

A auditoria interna é de suma importância para as organizações, desempenhando papel de grande relevância, ajudando a eliminar desperdícios, simplificar tarefas, servir de ferramenta de apoio à gestão e transmitir informações aos administradores sobre o desenvolvimento das atividades executadas.

Uma empresa que utiliza a ferramenta da auditoria interna é beneficiada na questão de liderança, eficácia na manutenção e criação de controle interno etc, empresa que não disponham de controle administrativo o seu sistema de contabilidade é considerado por muitos sem valor, por não poder depositar sua confiança em suas informações e em seus relatórios.

Sendo a auditoria interna importante como controle administrativo, ela verifica a existência dos controles internos e procura contribuir para o seu aprimoramento. Essa ferramenta tão preciosa, além de verificar se as normas internas estão sendo seguidas, procura avaliar se a necessidade de novas normas internas.

O objetivo da auditoria interna, é beneficiar a empresa com um melhor controle de seu patrimônio, procurando reduzir a ineficiência, negligência, incapacidade etc. Com essa ferramenta de controle administrativo a empresa se beneficiara dos diagnósticos, quanto à obediência as normas e procedimentos internos, possíveis áreas de risco, possibilitando a administração tomar as decisões necessárias. Portanto essa ferramenta tão preciosa que é a auditoria interna, proporciona maior segurança ao funcionamento correto das operações.

O AUDITOR INTERNO

A função do auditor interno dentro de uma empresa, é acompanhar diariamente o cumprimento dos procedimentos internos, verificar se esses procedimentos são adequados e se atingem aos objetivos da empresa.

Portanto, fica claro que a auditoria interna é uma ferramenta importante como controle administrativo, proporcionando uma auditoria continua e maior segurança ao funcionamento correto das operações.

Da Equipe Portal de Contabilidade

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

As qualidades de um bom Contador

A Escolha do Contador

O proprietário de uma empresa certamente sabe o quanto a figura do contador é importante para que o seu negócio continue bem sucedido. De nada adianta fechar um grande número de contratos e alcançar excelentes resultados, se o contador da empresa não tem zelado pela eficiência na gestão contábil, societária e tributária do negócio.

Com o grande volume de negócios fechados até pode ter entrado uma excelente quantia no caixa da empresa, contudo, se o valor que a empresa paga em impostos for excessiva, certamente o empresário não ficará satisfeito com o lucro auferido. E é exatamente aí que entra o papel do contador.

Contador é investimento

Como em todas as profissões, nem todos os contadores estão adequadamente capacitados para entender, interpretar e orientar seus clientes no que diz respeito à legislação. A opinião é do ex-presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro e ex-secretário da Fazenda do Estado, Nelson Rocha.

Mas como identificar um bom profissional? Saber se ele realmente está preparado para atender as suas necessidades? São perguntas que até então você não saberia responder, mas poderá ter uma “luz” ao prestar atenção a algumas dicas simples que podem fazer a diferença. Primeiramente, o empresário deve “investir” em um contador, e não “gastar” com um.

Pró-atividade

Um bom contador é aquele que identifica soluções legais que permitam reduzir os custos fiscais e gerenciais da sua empresa. Ou seja, que ajuda no planejamento fiscal da empresa. Considerando a rapidez com que a legislação tributária muda no Brasil, esse profissional deve se reciclar constantemente.

Além de se manter atualizado sobre as mudanças na legislação, e responder pela gestão fiscal e tributária do negócio, o contador também deve conhecer administração, marketing e informática, atuando também como consultor. Muito para um contador? Não. O contador que apenas se preocupa em colocar os livros em dia está ultrapassado.

De contador a consultor

Atualmente é indispensável que todos os serviços de contabilidade sejam informatizados, pois só assim o contador tem condições de interpretar a legislação e oferecer uma boa orientação de forma rápida e clara. A lei é modificada com muita freqüência, e ficar de fora das mudanças que estão acontecendo certamente não será o melhor para qualquer negócio.

Formalize o contrato de prestação de serviços com o contador: os conselhos regionais de contabilidade exigem tal documento. No contrato devem constar os direitos e deveres de cada uma das partes e pelo menos uma cláusula que preveja a rescisão do mesmo por qualquer uma das partes envolvidas.

O mesmo vale para o profissional, que deve ter seu registro junto ao conselho regional de contabilidade local em ordem. Obrigatório esse registro é tão importante quanto o registro de médico no CRM, e a sua empresa pode ser multada por contratar profissionais sem registro.

Por último, mas de igual importância, está a relação comercial entre a empresa e o seu contador que deve ser de extrema confiança, ou todas as dicas mencionadas podem perder efeito. O contador é a pessoa que tem acesso a informações confidenciais e estratégicas do negócio e da família, o que significa que simplesmente não dá para abrir este tipo de informação para qualquer pessoa.

Fonte: Blog Guia Contábil

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O SISTEMA CFC-CRC SERÁ O ESPELHO NA ADOÇÃO DAS NOVAS PRÁTICAS PARA A CONTABILIDADE PÚBLICA

A partir de janeiro de 2011, o Conselho Federal de Contabilidade e os Conselhos Regionais de Contabilidade de todo o país terão que estar plenamente ajustados às novas Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas a Administração Pública, de acordo com os ditames da Lei 11.638/07 e da Lei 11.941/09, complementadas pela Resolução CFC 1.161/09 que aprovou o Manual de Contabilidade do Sistema CFC/CRCs.

Os demais órgãos vinculados à União terão que obedecer às novas regras já a partir de 2012 e os estados, o Distrito Federal e os municípios, no início de 2013. A contabilidade aplicada ao setor público tem dado especial enfoque à execução orçamentária e financeira em detrimento da evidenciação patrimonial. As normas atuais estão em consonância com as orientações do IFAC – International Federation of Accountants, que vem expedindo nos últimos anos as International Public Sector Accounting Standards (IPSAs).

A grande preocupação está em padronizar os procedimentos. Nas rotinas da execução contábil, desde a classificação de documentos até a emissão de relatórios gerenciais, é de vital importância ter o conhecimento de todo o caminho percorrido, da previsão orçamentária à disponibilidade financeira. A contabilidade aplicada ao setor público precisa ser um instrumento de controle patrimonial que sigam as novas regras emanadas da nova legislação contábil.

O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, editado pela Secretaria do Tesouro Nacional, passa por uma revisão de conceitos da contabilidade pública, focando as questões do orçamento, créditos adicionais, balancetes de verificação e plano de contas.

Equipe Portal de Contabilidade

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Ampliação do Código de Ética do Contabilista

Em 14 de dezembro de 2010 foi aprovada a Resolução CFC n° 1.307/10 que alterou e trouxe novos dispositivos ao Código de Ética Profissional do Contabilista (CEPC) regido pela Resolução CFC n° 803/96 e que a partir de agora, passa a se chamar Código de Ética Profissional do Contador (CEPC).

O principal objetivo deste Código de Ética Profissional é fixar a forma pela qual se devem conduzir os Profissionais da Contabilidade, quando no exercício profissional e nos assuntos relacionados à profissão e à classe.

O documento regulamenta como dever do profissional contábil exercer sua profissão com zelo, diligência, honestidade e capacidade técnica, observada toda a legislação vigente, em especial aos Princípios de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade. Ficam resguardados os interesses dos seus clientes ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e da independência profissional.

Também passa a ser dever do profissional de contabilidade o cumprimento aos Programas Obrigatórios de Educação Continuada estabelecidos pelo Conselho Federal de Contabilidade.

Com o novo texto legal passam a ser consideradas infrações éticas a falta de comunicação de mudança no domicílio ou da organização contábil de sua responsabilidade, a falta de comunicação de fatos necessários ao controle e fiscalização profissional, além da falta de auxílio à fiscalização do exercício profissional.

Também foram incluídas novas condutas contrárias à ética profissional, tais como apropriar-se indevidamente de valores confiados à sua guarda, exercer a profissão demonstrando comprovada incapacidade técnica e deixar de apresentar documentos e informações quando solicitados pela fiscalização dos Conselhos Regionais.

Na aplicação das sanções éticas, podem ser consideradas como atenuantes:

I - ação desenvolvida em defesa de prerrogativa profissional;
II - ausência de punição ética anterior;
III - prestação de relevantes serviços à Contabilidade.

Na aplicação das sanções éticas, podem ser consideradas como agravantes:

I - Ação cometida que resulte em ato que denigra publicamente a imagem do Profissional da Contabilidade;
II - punição ética anterior transitada em julgado.

As medidas previstas abrangem toda a classe contábil, ou seja, contadores e técnicos, visando a dar garantia de que todos os profissionais irão agir com capacidade técnica, e em observância aos Princípios Contábeis e demais normas ou legislações vigentes.

Equipe Portal de Contabilidade